quarta-feira, 9 de novembro de 2011

— Precisava lhe dizer algo.
— E porque nunca disse?
— Medo. Vergonha. Não sei.
— Pois então diga agora, estou aqui, posso lhe ouvir.
— Vou falar depressa, antes que esta coragem repentina desapareça e toda aquela vergonha e medo novamente me preencha, então… precisava lhe dizer algo há algum tempo.
— Isto já falasse. Algo… Como o que guria?
— Como; sinto sua falta, as coisas não são as mesmas sem você, há tempos não ouço sua voz e agora a ouvindo me sinto novamente estremecer, há dias venho pensando em nós e em como a palavra “nós” combina muito mais do que “eu e você”, precisava lhe dizer que te amo, mas lhe amar só me faz sofrer, mesmo não querendo, preciso de você […]
— Porque demorou tanto para me dizer?
— Medo. Vergonha. Não sei.
— Se queres saber…
— O que?
— Também amo você.